Há dias, e mesmo épocas que parece que nossa mente vai entrar em curto-circuito, não é verdade? Dá uma sensação nada agradável de ansiedade e impotência para resolver os problemas mais corriqueiros do dia-a-dia. O que fazíamos com facilidade, começamos a “empurrar com a barriga” e sem nos dar conta, não raro, além de confusos, ficamos desanimados e com a vida toda em desordem. Mas, e nesse caso, o que fazer é seguir o exemplo de algumas empresas e “fechar para balanço”. É parar um pouco e começar a nos conscientizar que é essencial refletir sobre como anda nossa vida. Quando entramos no “piloto automático” tudo é mais complicado. Começamos a ficar em um ritmo frenético e cada vez mais nos perdemos.

Em instantes assim, nada melhor que dar uma pausa. Pararmos um pouco, quebrar a rotina e entrar em contato com nossa parte equilibrada, que se perdeu. Vale a pena fazer uma pequena viagem quando possível, dedicar algumas noites apenas para pensar na vida, ou mesmo tentar aproveitar melhor a hora do almoço para pensar em si. No entanto, uma coisa é certa: se você está confuso (a)  em relação à sua vida, talvez seja hora de para um pouco.

Depois que conseguir um tempo para pensar em si e em sua vida é interessante seguir um roteiro para não se perder em meio a tantas divagações: leve um caderno e anote tudo o que pensar. Registrar a evolução de nossas ponderações é muito importante, pois além de auxiliar no raciocínio, serve para registrar para próximos dias reflexivos as conclusões a que chegamos. Assim podemos constatar resultados e observar se caminhamos ou não. Essa atitude é fundamental.

Outra questão importante é pensar de forma organizada. Algumas perguntas-chave nos ajudam bastante neste quesito: o que está errado em minha vida? Como contribuí para que a situação chegasse ao ponto em que chegou? O que está a meu alcance que pode ser feito no curto prazo e no longo prazo, para não incorrer nos mesmos equívocos outra vez? E, por fim, o que vai mudar e minha vida se eu fizer o que precisa ser feito? São perguntas simples, mas poderosas para nortear reflexões profundas sobre si mesmos.

Lembremo-nos que viajar para conhecer lugares é muito excitante, mas talvez nenhuma viagem seja mais maravilhosa de ser feita que para o interior de nós mesmos, de nossa intimidade. É certo que por vezes entramos em contato com descobertas que não gostaríamos, mas são elas que nos indicam os caminhos da renovação que se faz necessária. Caso contrário, seremos sempre escravos de nós mesmo tenho certeza que esse não é seu objetivo. Por isso, vale a pena pensar um pouco se não está na hora de parar e repesar a vida em sua mais ampla dimensão.