Vivemos angustiados em uma grade paradoxo. Nunca tivemos tantos recursos à nossa disposição. A ciência nos oferece a cada dia um grande manancial a fim de tornar a vida na Terra cada vez mais confortável. São novos equipamentos na área médica, tratamentos para diversas enfermidades sejam para amenizar incômodos sintomáticos seja mesmo para curar. São medicamentos que prometem nos dar respostas efetivas para inúmeros incômodos que nos acompanharam no decorrer da história humana. Na esfera agrícola nunca produzimos tantos grãos ou tantas possibilidades para enfrentar adversidades climáticas ou dos campos de cultivo como agora. A tecnologia nos aproxima de maneira jamais vistas, seja pela televisão via satélite, pela internet ou pela telefonia celular.
A industria do entretenimento investe bilhões de dólares anualmente para estimular o lazer, tanto em viagens como na produção de inúmeros filmes, peças teatrais ou programas para TV. Embora haja muitos problemas nas áreas de elétricas que qualquer rei jamais teve em sua época de apogeu durante boa parte da história. Entretanto, apesar de tantas possibilidades, não nos tornamos necessariamente felizes. Essa evolução acompanhada de um profundo paradoxo, que nos convida entrar em contato com as angústias da vida moderna.
É verdade que nunca tivemos tantas oportunidades de entretenimento como possuímos agora, para nos divertir, mas curiosamente nunca fomos tão deprimidos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que mais 300 milhões de pessoas vivem com depressão. Quando observamos o passado da Terra , fica fácil perceber que o número atual de instituições preocupadas em cuidar da natureza é significativo, entretanto apesar de tantas pessoas preocupadas com o nosso ecossistema, em nenhum momento ou tantas espécies com perigos de extinção. Hoje vivemos um período crítico em relação à água doce do nosso planeta que pode faltar daqui algum tempo. Recursos naturais como o petróleo já estão como os dia contatos. A expectativa média de todos os seres humanos aumentou quando comparado há dezena de anos, no entanto, nunca tivemos tanto poder para aniquilar vidas. Tecnologias que permitem a construção de armamentos cada vez mais mortais contrastam com máquinas que salvam essas mesmas existências.
Batemos recordes da produção de alimentos, mas ainda temos 52 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza. Falamos pela internet, mas temos dificuldade em nos comunicar com pessoas que dormem casa que nós! Conquistamos muito para melhora nossa estrutura de vida e ainda assim continuamos carentes de paz na consciência. Já que vale tanto a pena lutar por mais dinheiro, ascensão social e poder. Fica a reflexão: Não valeria a pena também lutar por sentimentos nobres que equilibrem a vida? Que tal lutarmos para vencer sentimentos negativos que nos acompanham há tanto tempo? Não valeria a pena frente às mazelas alheias, antes de julgarmos os outros de forma tão veemente? Há um ditado hindu que diz que um ser humano jamais dever julgar outro antes de andar durante sete dias com suas sandálias! Digo isso, pois tantas desigualdades somente podem ser explicadas face ao tremendo egoísmo que ainda nos rodeia. Dizem por aí que evoluímos muito, talvez devêssemos pensar mais sobre o que realmente significa o termo...
