Às vezes você pode dar tudo de si e não chegar a onde deseja. Outras vezes, pode se iludir que deu tudo certo  e desistir. E, em muitos outros momentos, pode se quer ter realmente desejado chegar lá, mesmo dando tudo de se si. Várias possibilidades, mas uma só situação: qual o significado de vivermos em busca de conquistas? Precisamos mesmo conquistar tanto? Ter títulos, bens materiais, posição social? Precisamos mesmo ter agendas lotadas, sem tempo para si mesmo ou para família e amigos? Precisamos mesmo daquelas horas extras, ou do serviço inesperado que irá nos tomar mais um feriado ou final de semana? Qual é o limite que se separa nossos desejos da verdadeiras realidade que temos?

Todas essas perguntas são difíceis de responder, pois o que é verdade para nós em um momento pode não ser no instante seguinte. Entretanto, a meu ver o mais importante é sermos capazes de saber o que realmente desejamos. Ter essa clareza é como ter uma bússola em meio ao oceano. Podemos não ver terra, mas sabemos como mais segurança em que sentido ela está. Saber o que esperamos da vida nos habilita a fazer melhores escolhas e a dizer “não” para tudo que fugir do que desejamos. É muito comum encontrar pessoas perdidas. Normalmente dizem: “... Não posso definir o que quero para o resto de minha vida...” e, por isso, nunca se posicionam. A idéia não é essa. É definir o que faz sentido no momento e para os próximos passos, já que o futuro é incerto. Ao ignorarmos essa mínima noção de direção, corremos o risco de ficar perdido, como um barco à deriva. Por isso, a sugestão: mais importante do que o que você tem na vid, é quem você se torna na vida, é como você dá seus passos, como se recupera das quedas e como resolve seguir adiante.

Ter essa linha de raciocínio mais clara é importante até mesmo para intuições fluírem e nos ajudarem mais. Nas situações em que sabemos o que desejamos, podemos até dar tudo de nós e não chegarmos aonde queremos, mas saberemos pelo menos que aproveitamos a jornada, que valeu a pena a caminhada. Faz muito bem à auto-estima saber que não temos medo de viver e ainda, assim, vivemos com responsabilidade. Chega um momento que percebemos que o que realmente é importante não é quem entra ou sai de nossas vidas, as conquistas ou perdas, mas quem estamos nos tornando no meio desse processo. Pense nisso!